Um ano do meu primeiro emprego internacional: o que aprendi e o que mais amo nessa jornada

O início de uma nova fase

Em outubro do ano passado, nessa mesma semana, eu estava recebendo o tão esperado “sim” para o meu primeiro emprego internacional. Que alegria!

Lembro da empolgação e também de um certo medo. E hoje, depois de viver essa experiência, posso afirmar: quando esses dois sentimentos aparecem juntos, é sinal de que vem coisa boa pela frente.

A empolgação vinha porque era algo que eu queria há muito tempo — um sonho antigo, que me fazia vibrar só de pensar. O medo aparecia porque, claro, eu estava saindo da minha zona de conforto (e bastante). Mas tudo certo: já aprendi que é fora dela que eu mais cresço e me reinvento.

Agora, quase completando um ano trabalhando para uma empresa americana, quero compartilhar um pouco do que mais amo nessa nova fase profissional — e talvez te inspirar a buscar a sua também.

1. Falar inglês todos os dias

Sim, esse foi um dos maiores desafios no início — e também uma das coisas que mais amo hoje.
Praticar inglês diariamente se tornou parte natural da minha rotina. No começo, minha mente terminava o dia exausta, tentando acompanhar tudo em outro idioma. Mas com o tempo, virou algo leve e divertido.

É como se eu tivesse desenvolvido uma nova versão profissional de mim mesma em inglês — mais confiante, direta e criativa. E isso é incrível.

2. Conviver com pessoas do mundo todo

No meu time há pessoas de vários países e fusos horários diferentes.
E quando olho para a empresa como um todo, é ainda mais diverso.

Aprendo todos os dias sobre novas culturas, formas de pensar e trabalhar.
Ver que, apesar das diferenças, somos todos humanos e conseguimos construir relações com respeito e gentileza é uma das coisas mais ricas dessa experiência.

Trabalhar em um ambiente assim me lembra diariamente que o mundo é muito maior do que a minha bolha.

3. Liberdade e confiança no trabalho

Outra coisa que me encanta é a ausência total de microgerenciamento.
Sou responsável pelas minhas entregas e por gerir meu próprio tempo.
Trabalho com autonomia, com a confiança da empresa e do time.
Isso é o que eu chamo de vida adulta como ela deve ser.

4. Projetos bem estruturados e realistas

Uma diferença enorme em relação a muitas empresas brasileiras é o planejamento consciente.
Os projetos são bem pensados, os recursos são analisados com antecedência, e os prazos são reais.

Não existe aquela cultura de roadmaps impossíveis ou de viver constantemente em modo “bombeiro”.
O ritmo é saudável, e o trabalho é feito com foco — e, acredite, isso torna todo o processo muito mais produtivo e leve.

5. Tempo e incentivo para aprender mais

Essa talvez seja uma das partes que mais me motiva: a empresa incentiva ativamente o aprendizado contínuo.
Sou estimulada a estudar mais sobre minha área, testar novas ferramentas de inteligência artificial, fazer cursos e explorar novas ideias.

E o melhor: eles disponibilizam tempo e recursos para isso acontecer.
Não preciso sacrificar minhas horas de descanso para aprender coisas que são do interesse da empresa — o equilíbrio é valorizado e respeitado.

6. Clareza sobre o escopo do meu trabalho

Outro ponto que faz muita diferença é ter um escopo de trabalho bem definido.
Fui contratada para uma função e sou responsável exatamente por ela.

Vejo que, em muitas empresas brasileiras, é comum contratar profissionais júnior ou pleno para fazer trabalho de sênior — o que gera sobrecarga, desvalorização e frustração.
Aqui, isso não acontece. As responsabilidades são proporcionais à experiência e ao cargo.

Acreditar é o primeiro passo

Entre tantos aprendizados, o principal é: valeu a pena acreditar que era possível.

A coragem de me candidatar, de enfrentar o medo, de me preparar e de colocar em prática o que era necessário transformou completamente a minha carreira — e minha vida.

Hoje, trabalhando com propósito, equilíbrio e reconhecimento, agradeço todos os dias por ter dado esse passo.

Se esse também é o seu sonho, saiba que ele é totalmente possível.
E talvez o primeiro sinal de que você está pronto(a) seja exatamente esse: um pouco de empolgação e um pouco de medo.

É assim que a mudança começa.